sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Parabéns São Paulo

Saravá Misifios.

Feliz aniversário São Paulo! O Hipopótamo Escriba, deixa aqui uma homenagem a cidade que acolheu este paquidérmico carioca.

Samba do Avião – Tom Jobim, Danilo Caymmi e Banda Nova

Porque? Depois de ver que os shows oficiais de comemoração ao 454º aniverário da cidade eram de Jorge Ben (nunca vou chamar de Benjor) e Beth Carvalho, eu não poderia perder a oportunidade.

Ah, e por que eu gosto de cutucar esta terra que aprendi a gostar, e fazer uma brincadeira bairrista com essa paulistada gente boa é sempre legal. E depois, bom, depois, vocês não tem, este monte de motivos aí embaixo que traduzem o amor que o carioca sente pela antiga capital do Brasil:

- Tomar um cafezinho no balcão.

- Ter uma história pessoal de assalto pra contar.

- Orgulhar-se de ter sobrevivido a pelo menos dois dos itens abaixo:

a) A guerra na Rocinha em 2004.

b) As enchentes de 1966, 1988 e 1996.

c) Rock In Rio I.

d) A final da Copa de 1950.

e) O massacre de Vigário Geral.

f) A chacina da Candelária.

g) A queda do Palace II.

h) O naufrágio do Bateau Mouche.

i) Incêndio do Edifício Andorinhas

j) O fim da Colombo de Copacabana, o fechamento da Cavé e do Bar Simpatia, a demolição do Solar Monjope e do Palácio Monroe, a transformação do Pathé em Igreja Evangélica e a do Copacabana em Academia de Ginástica.

- Ir ao Maracanã.

- Combinar um programa sem a menor intenção de cumprir.

- Ver um show na praia.

- Esbarrar em uma celebridade e nem ligar.

- Fazer o pedido no Bar Lagoa sem precisar olhar o cardápio.

- Conhecer alguém que esteve na final das eliminatórias da copa de 1970.

- Matricular-se pelo menos uma vez numa academia.

- Aplaudir o pôr-do-sol no Posto 9 (Carol e Lídia. Este é um mico do qual, há décadas, não dá para escapar. Mas, sejamos parciais: é dos micos mais simpáticos que há, e a cara do verão no Rio. Confessa, vai, em algum momento da sua vida você já aplaudiu o Sol no 9, nem que tenha sido com a desculpa de acompanhar a galera.).

- Subir a pedra da gávea.

- Incorporar gírias da malandragem.

- Comer um podrão de madrugada.

- Ter uma praia.

- Garimpar na Saara.

- Adorar filé com queijo.

- Dar a volta no flanelinha.

- Convidar para a sua casa alguém que você acabou de conhecer.

- Viver esbarrando em conhecidos.

- Ter tomado um porre de batida do Bar do Oswaldo.

- Levar uma cantada de um operário de obra (essa é para as mulheres).

- Ficar sabendo dos programas na praia.

- Ignorar os panfleteiros.

- Comer o cabrito do Capela (um clássico tão clássico que é anterior ao surgimento da palavra colesterol).

- Pedir chope sem colarinho.

- Orgulhar-se do teatro municipal.

- Se perder a caminho de Barra de Guaratiba.

- Ter a sua loja de sucos preferida.

- Sonhar com o dia que o metrô vai chegar à zona sul e à barra.

- Ir à praia mesmo com o mar poluído.

- Ter boas lembranças do tempo em que o mate e o limão só eram vendidos em galões de alumínio.

- Ver uma das capivaras da lagoa.

- Almoçar salgado e refresco a r$1,00.

- Tomar sustos freqüentes com a beleza da cidade.

- Comer pizza no balcão da Guanabara.

- Passar uma noite inteira no Jobim.

- Ir a um ensaio de escola de samba.

- Comprar o biscoito Globo no engarrafamento.

-Ter certeza de que o rio é a cidade mais linda do mundo mesmo que não conheça nenhuma outra.

- Abastecer a despensa numa loja de conveniência.

- Ir à feira de São Cristóvão.

- Ter alguma coisa, qualquer coisa, comprada num camelô da Sete de Setembro ou da Uruguaiana.

- Saber que:

a) O Metropolitan se chama Claro Hall.

b) A Rua Vinícius de Morais se chama Montenegro.

c) Copacabana é Copa e Ipanema não é Ipa.

d) O Baixo Leblon não é perto do Melt.

e) O Circo Voador nunca mais será o mesmo.

f) Praia não é orla.

- Odiar:

a) Dia de chuva.

b) Cinema tradicional dividido em salinhas menores.

c) Cartaz de farmácia tampando a fachada de prédios antigos.

d) Praia suja.

e) Cerveja quente.

f) Sinal fechado.

- Reconhecer que o Pan gerou empregos e dinheiro mas, no fundo, não levou muita fé.

- Sentir o maior alívio quando o avião pousa no Tom Jobim (antigo Galeão) ou no Santos Dumont.

- Implicar com os paulistas.

- Invejar o vigor da vida cultural dos paulistas (viram?eu gosto daqui.).

Axé

2 comentários:

Giulliana Victor Harte disse...

Tudo bem, vc me convenceu!
O Rio de Janeiro continua lindo, mas tenho certeza que acontece algum coisa no seu coração qdo vc cruza a ipiranga e avenida são joão...rs

Unknown disse...

adoro São Paulo. tenho orgulho da onde moro, confesso que o trocaria para morar em Salvador.
mas nós, paulistanos temos algo arrogante e docil que nos fazem ser a especie mais malandra!

beijos